Monografia de acadêmico da UEMS de Amambai pesquisa perfil dos alunos da
escola Cel. Felipe de Brum
A manutenção e organização de arquivos e documentos é um serviço que tem como finalidade criar instrumentos de controle e monitoramento do armazenamento e tráfego de documentos nas instituições.
Nas escolas, os documentos guardados referem-se a
dados pessoais, escolares e sociais dos alunos. Toda a vida escolar dos
discentes fica arquivada durante anos. O acesso aos arquivos de uma escola
revela não só informações dos alunos e professores, mas todo um perfil de
determinado público em determinada época.
É justamente este o objetivo da monografia do
acadêmico do curso de História da unidade de Amambai da UEMS (Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul), Plínio dos Santos Pavão.
Plínio está pesquisando os arquivos da escola
estadual Cel. Felipe de Brum, da rede de ensino de Amambai, e pretende com o
trabalho levantar o perfil social e o desenvolvimento escolar dos estudantes. É
um trabalho sócio histórico.
Inicialmente, o período abordado seria entre 1974 e
1985, mas devido a má conservação dos documentos mais antigos, um novo
intervalo de tempo foi proposto, entre 1985 e 2000. A monografia está sendo
orientada pelo professor Diogo Roiz.
Segundo a Arquivologia, é importante a limpeza e
manutenção adequada dos arquivos. Os documentos precisam estar em ambientes
adequados, com iluminação específica ao tipo de documento armazenado, boa
temperatura, além de ter pessoas com preparo técnico para manuseá-lo.
Na grade curricular do curso de História da UEMS a
disciplina Arquivologia não está contemplada. “É uma disciplina que deveria
existir, mas é uma especialização”, explica Plínio. Ele exemplifica a
importância do assunto citando o acesso a documentos do período da ditadura do
Brasil que resultou em indenização à famílias de vítimas deste período.
Segundo o acadêmico, em Amambai, a escola Felipe de
Brum é a que possui uma maior quantidade de acervo. Infelizmente, muitos
documentos estão se decompondo. O arquivo da escola também possui documentos da
extinta escola Filinto Muller, também da rede estadual de ensino.
O que eu lamento, diz ele, é que este material está
sendo deteriorado, o poder público deveria designar um servidor para mantê-lo.
“Há um descaso muito grande com os documentos, parece que os arquivos públicos
não têm sentido (...) se tudo se perder, ficaremos onde estamos”.
O ideal seria a criação de arquivos digitais com o
escaneamento dos documentos. Como são mais de 500 pastas, só no Felipe de Brum,
o cálculo é que seria necessário um ano de trabalho para finalizar o processo
de digitalização.
FONTE: AMAMBAINOTÍCIAS
FONTE: AMAMBAINOTÍCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário